10 de ago. de 2013

Um beijo mais que romântico.


O Super Leitura trás hoje uma análise compacta da série que está sendo motivo de comentários entre os amantes de literatura juvenil (me encaixo entre eles): "Beijada por um Anjo". A saga é de autoria de Elizabeth Chandler (pseudônimo de Mary Claire Helldorfer).
A saga conta a história de amor entre Ivy  e Tristan, que depois de um acidente de carro morre e se torna uma espécie de anjo com a missão de proteger sua amada das mãos de seu irmão de criação Gregory.
A editora Novo Conceito responsável por sua publicação no Brasil tem, com toda certeza, agradecido a Deus pelo sucesso da série no país. A história que é de 1994/1995, nasceu com a ideia de uma trilogia, e hoje tem seu sexto livro lançado. Curiosidades do destino, pois Elizabeth só seguiu a série devido ao sucesso da trilogia em seu país (Estados Unidos) e fora dele, é claro.
Uma história cheia de romances indecisos, amores dolorosos e com a carga dramática em nível altíssimo. Essa é a característica de toda história do gênero de literatura juvenil. Romances como a saga Crepúsculo (Stephenie Meyer) e a saga Fallen (Lauren Kate) refletem bem do que estou falando. Seria esse um dos motivos de estarem entre os mais vendidos atualmente. No entanto "Beijada por um Anjo", acredito que trás um quê de diferente para o envolvimento do leitor com a narrativa. O que quero dizer com isso? Vejamos.
              1. Assim como muitas outras histórias do gênero literário, o envolvimento com o sobrenatural acaba sendo um atrativo para a leitura, que não se prende aos dizatinos da protagonista Ivy Lions que desperta emoções diversas no leitor;
              2. Devido ao fato de que há sempre aquele momento em que quem lê se pega odiando ou amando o comportamento de Ivy, ou de Tristan, criamos um forte laço de respeito pelos demais personagens do enredo (como é o caso dos personagens Will e Beth).
             3. A forma como a história se desenrola permite que quem leia transmita suas emoções para além das linhas impressas. A forma como a amizade e o amor são retratados despertam os sentimentos escondidos no mais profundo do coração dos leitores.
Acredito que esses três pontos é que diferenciam "Beijada por um Anjo" dos outros romances. Por muitas vezes as histórias perdem o fôlego no desenrolar do enredo, mas na história de Elizabeth Chandler, como sabemos que tudo deveria ter sido um trilogia, não os seis livros como vemos, podemos dizer que a cada três temos uma história completa (algo como temporadas de um seriado). Por isso não existe essa preocupação em sentir que está se fazendo uma leitura monótona, pois no primeiro momento existem dramas e preocupações pertinentes aquela determinada fase. Ou seja, de cara nos identificamos com alguns dos personagens e torcemos por eles. Quando isso muda, há outros dramas, novos personagens e sim, uma nova apropriação dos membros da narrativa. Não precisamos manter aquela ideia inicial sobre personagens e o desenrolar da história. 
Acredito que isso é o que a autora quer: Que não leiamos um romance apenas para saber como termina, mas sim para sentir as dores da relação existente entre ele e o leitor.
Quem leu "Beijada por um Anjo" com certeza é apaixonado pela série. Já quem ficou curioso pela leitura fica a dica: Leiam e descubram que romances podem ser dramáticos mais com um toque de interação extra sentimental.

"P.S.: Essa postagem vai com uma dedicatória especial para Maria Luíza Ferreira (Malu) minha amiga e colega de curso na UFMA, que assim como eu, às vezes tem vontade de matar a Ivy devido aos seus surtos de amor eterno."

Um comentário:

Mallú Ferreira disse...

Muito bem escrito o texto, adorei. E não só por causa da dedicatória para mim. kk A escritora realmente tem essa pegada contínua, como temporadas de um seriado. E eu sei que a Ivy ainda vai aprontar muito no livro seis, só para nos deixar a ponto de arrancar os cabelos. kk