18 de out. de 2014

[ANIME ZONE] Enfim, Fate / Stay Night 2014!



Então é né?

Olá você caro leitor do SUPER LEITURA! Passou o "Dia das Crianças", mas a diversão deve continuar!

Bom, na coluna desta terceira semana de Outubro/2014, o ANIME ZONE vem só para argumentar sobre a temporada de animes de primavera. Com um leque de lançamentos razoáveis a temporada vem se apresentando como uma das melhores deste ano. Animes como Nanatsu no Taizai, Trinity Seven, Shigeki no Bahamut Genesis e Akatsuki no Yona são um super mix de mundos mágicos, belas mulheres, lutas incríveis e trilhas bem trabalhadas que já são comuns a toda época de lançamentos, mas que não deixam de nos alegrar e levar ao êxtase.

Contudo nós falaremos apenas do anime mais aguardado da temporada:
FATE / STAY NIGHT - UNLIMITED BLADEWORKS


Um remake do anime baseado na Visual Novel homônima, Fate estava sendo aguardado com muita ansiedade por este blog. Já havíamos acompanhado a primeira versão, o longa-metragem e a prequel (FATE ZERO). O destaque aqui é o seguinte: O anime Fate / Stay Night foi lançado primordialmente pelo Studio DEEN. Contudo os direitos foram repassados ao Studio Ufotable (outra produtora de animação), que por sua vez lançou Fate Zero -- que seria uma prequel da história original adaptada de um light novel nomônimo --. Então a Ufotable resolveu relançar Fate / Stay Night. O remake com duas grandes novidades:

1) O anime segue o arco Unlimited Bladeworks. Para quem já conhece a franquia sabe que na Visual Novel (mídia regente) a narrativa segue três focos:

- a) Fate: cujo os protagonistas são Shiro Emiya e Saber;
- b) Ulimited Bladeworks: cujos os protagonistas são Rin Tohsaka, Shiro Emiya e Archer;
- c) e Haeven's Feel: cujos os protagonistas são Sakura Matou e Shiro Emiya.

Com isso os acontecimentos e diálogos diferem do apresentado no anime do Studio DEEN em termos de resultados, mas o início da narrativa é o mesmo.



2) Os dois primeiros episódios tiveram duração de uma hora.
Acho que foi mais uma jogada de marketing. Serviu também para explicitar essa mudança de foco narrativo.



Não vou tecer comentários (spoilers) sobre a série. É interessante que se acompanhe. O que posso dizer é que Fate/ Stay Night - UBW está sendo bem recebido. Para uma franquia de jogos visual novel que migrou para a telinha, a obra da produtora Type-Moon vem se mostrando ao longo dos anos um bom atrativo de mercado. Com um enredo super elaborado e cheio de referências mitológicas não tem como não gostar de Fate, em qualquer que sejam suas facetas.


É isso aí!

12 de out. de 2014

[ESPECIAL] Mantenha viva a Criança dentro de Você!



Ah os meus tempos de criança!

Hoje (12/10) comemora-se mais um Dia das Crianças. Uma data saudável, que hoje em dia para a minha pessoa significa "Te esperta rapaz que Natal está bem aí e tu ainda não fez nem metade das coisas que tinha planejado!".


Graças a Deus este ano de 2014 está sendo bem produtivo. O que me permite rememorar meus bons tempos de criança. Entre a correria estágio-faculdade-escrever às vezes toma um tempo absurdo da gente. No entanto isso não quer dizer que vamos esquecer a criança que habita em nós. Pois, na verdade, ser adulto significa ser uma criança com um pouco mais de responsabilidade.


Aí fico irritado quando vejo pessoas dizer (da boca para fora, o que é pior): "Ai você ainda é muito infantil. Não faz isso, faz aquilo!". Paciência! Você, assim como eu, tem seus gostos particulares - frutos de uma experiência na infância - que não abandona nunca. Por que que inibir a "minha criança"? Só por que não consegue libertar a sua?

Uma super dica: seja você mesmo! Leia um livro. Assista um filme. Ouça uma boa música... Não importa! O que realmente é relevante é ser feliz. E crianças são felizes!

Para essa data especial o SUPER LEITURA deixa um conselho ESPECIAL para você:


MANTENHA VIVA CRIANÇA DENTRO DE VOCÊ!
QUEM SABE ASSIM NÃO DESCOBRE O REAL
SIGNIFICADO DA VIDA!


Por fim uma do túnel do tempo para ajudar você a seguir este conselho.




Criança feliz
Quebrou o nariz
Foi pro hospital
Toma sonrisal

Se eu fosse o pelé
Tomava café
se eu fosse o cascão 
comia um pão

criança 'piquinininha' 
comendo com colherzinha
via a mamãe que dizia 
come tudo minha filhinha

Hoje eu fiz um castelo
chamei ele de otelo
tambem eu fiz um palacio 
e dei ele pro Orácio




11 de out. de 2014

[LITERATURA EM XEQUE] "O Poema Sagrado de Dante" - Apenas um teaser



Oi.


A postagem de hoje estava a mais de um mês guardada a sete chaves, pois contém um segredo terrível!


Te peguei!

Não é nada disso! Não vou revelar nada terrível a você! O que quero hoje neste LITERATURA EM XEQUE é deixar minha análise sobre uma obra-prima da literatura mundial: A Divina Comédia.

Originalmente "O Poema Sagrado de Dante" a obra passou-se a chamar "A Divina Comédia" séculos depois de sua primeira edição que data o século XVI.

Você conhece o florentino Dante Alighieri? Não? Pois digo que precisa conhecer! O homem o qual me refiro é nada mais nada menos um ícone para os parâmetros literários do mundo ocidental. Dentre as grandes epópeias ocidentais como a Odisseia (Homero) e Paraíso Perdido (John Milton), por exemplo, A Divina Comédia de Dante mostra-se como o mais longo e mais mistico poema já escrito até hoje.

Pintura de Dante Alighieri


Dividido em três momentos (atos / cenários) a comédia advinda da Florença (Itália) é a personificação de crítica política, religiosa e científica em versos fortes e de teor elevado de amor e e outros sentimentos. Antes de falar sobre os três momentos permitam explicar o por quê de ser chamada de "A Divina Comédia".

Usando os conhecimentos adquiridos no Ensino Médio (2º Grau) vamos recordar as aulas de arte, literatura etc. que tratavam dos primeiros gêneros narrativos: a Tragédia e Comédia.

Representadas pelas musas Melpômene (Tragédia) e Tália (Comédia) esses gêneros narrativos oriundos do teatro foram o princípio para o que hoje conhecemos como gêneros literários. Basicamente uma Tragédia era a narrativa de final (perdoe a redundância) trágico, obscuro, sem a elevação do herói. O drama predominava. Era representada pela máscara triste. Já a Comédia seria a narrativa de final feliz onde as personagens - e principalmente o herói - terminavam sua trajetória de forma bonita, desditosa. Era representada pela máscara sorridente. É lógico que não é só isso, mas não vou dar aula de graça para seu ninguém!

Então já da para imaginar da onde vem o 'Comédia' no título da obra. Sim, a narrativa dantesca (como é comumente denominada) tem um final feliz. A trajetória do herói - que nesse caso é o próprio Dante - termina de forma boa e sem arrependimentos.

O termo 'Divina' vem do enredo principal. Nos 99 cantos divididos 33 para cada momento da obra e escritos em tercetos (métrica poética) Dante, em companhia de Virgílio (outro grande nome da Poesia e Literatura Ocidental) nos envereda em um passeio pelas três esferas que compõe a cosmovisão do universo: INFERNO - PURGATÓRIO - PARAÍSO. O plano divino.

Olha, se eu for explicar elemento por elemento a leitura vai ficar enfadonha, você vai desistir de ler o meu texto e o livro de Dante. Então vou só comentar cada uma das três partes da Divina Comédia e você depois escolhe se quer ler ou não!


1. INFERNO
Para mim é o melhor livro do poema. Acredito que este é quase um consenso mundial. Não é a toa que é o que mais se sucede a interpretações, citações e adaptações em outras mídias. Em "Inferno", Dante se vê vagando pelo Mundo Inferior. A constante referência ao catolicismo e ao paganismo greco-romano tornam a leitura cheia de referências artísticas e religiosas. A cada passo que damos junto do narrador-personagem dentro do domínio do "príncipe das trevas" mais se compreende o significado da dor. Os Sete Pecados Capitais são as bases para se entender como funciona o inferno e suas punições eternas aos pecadores.



2. PURGATÓRIO
Para quem acredita neste lugar o segundo livro é um prato cheio. Na tentativa de espiar seus erros as almas vagam sobre uma montanha íngreme e cheia de obstáculos. Mais uma vez os pecados capitais são evocados. Agora cada um representa uma expiação dos erros. Neste livro, muito mais do que o primeiro, as referências e citações políticas de Dante sobre Florença ganham destaque. Afinal de contas a obra é uma ataque-defesa contra as acusações e torpezas dos florentinos e italianos em geral.




3. PARAÍSO
É o fim da jornada de Dante, que só a iniciou por causa de uma mulher: sua amada Beatriz. Esta mulher é a personificação do belo e do sublime na obra do florentino. A Morada de Deus é visitada nível a nível seguindo os princípios das bem-aventuranças do Sermão do Monte feito por Cristo. A referência as ciências é explicita. Principalmente a Astronomia. Dante usa as descobertas sobre o Espaço e a Via Láctea para representar o lugar esperado pelos santos.




Esse é um teaser do "Poema Sagrado de Dante", que conquista leitores a gerações. Adorei a leitura, e sinto que ela me proporcionou um amadurecimento quanto ao meu conhecimento literário. Espero que você possa ter esse mesmo prazer que tive. Procure a biblioteca pública de sua cidade. Com certeza ela terá um exemplar da obra de Dante. Leia e descubra o prazer de ler um bom livro independente do contexto histórico ou religioso. Eu já estou pensando em quando vou ler uma segunda vez para falar ainda mais para você!


Até a próxima!

4 de out. de 2014

[COMENTÁRIO GERAL] O filme "A Bela e a Fera" e a infância com um olhar mais adulto



Para começar o mês de Outubro de forma bem produtiva, o SUPER LEITURA traz neste COMENTÁRIO GERAL uma análise pessoal a respeito da recente estreia do cinema há algumas semanas atrás: A Bela e a Fera.

Como o filme está diretamente ligado a um conto literário, tem espaço garantido nesta postagem.

Primeiro uma avalanche de dados.



A Bela e a Fera, no original francês La Belle et la Bête, é meu conto de fadas preferido. Não sei explicar muito bem o por quê. Só sei que acho a estória impactante e bem desenvolvida. Acredito que o que criou essa tendência é o fato de saber (depois de adulto, é claro) que este é um dos poucos contos de fadas a manter a ideia do original em suas releituras e adaptações. Culpa maior sobre isso é da própria sociedade moderna, que fez de Branca de Neve e os Sete Anões e Chapeuzinho Vermelho (mundialmente atribuídos a Jacob e Wilhelm Grimm); A Pequena Sereia (Hans Christian Andersen); e Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll),por exemplo, estórias mais diluídas e com o caráter de iniciação a leitura. Em certos caso até mesmo abandonando o poder historiográfico/antropológico presentes na aura das narrativas.

Vejo que isso se deve ao fato de que, a constante atribuição de contos populares a um único autor acabou criando a ideia da particularização do texto. Ou seja: do momento em que conto a estória passa a ser minha e posso fazer qualquer mudança que achar necessária.

É por isso que quem foi ao cinema assistir a produção francesa "A Bela e a Fera" vai se surpreender. Estamos muito mal acostumados com aqueles livrinhos coloridos para crianças de 4 a 7 anos e com o que a Disney oferece de conto de fadas. Christophe Gans (diretor do filme) quis reavivar o conto original, que embora nunca tenha perdido muito da sua aura nas releituras, enfim voltou a ser o que de fato foi: um conto francês.

O cinema autoral francês reavivou o amor presente no conto da Dama de Villeneuve, Gabrielle Suzanne-Barbot, que fica marcado pelo gosto francês pelos planos e enquadramentos ousados (a um excesso de plongées e contra-plongées), travelings e close-ups definidos. A composição de cores também é agradável. A constante superposição de branco com tons de dourado realçam a magia e a nobreza que permeiam por toda a narrativa.

Para quem acompanha as críticas do site "adorocinema.com" há de estranhar as simplórias três estrelas que a película é agraciada. Ao meu ver, 2014 ainda não tinha me agradado com um bom filme. E olha que assisti bastante! Mas nada foi capaz de superar a minha reação com A Bela e a Fera, que me supreendeu em todos os aspectos. A seriedade com que a adaptação foi realizada; os elementos fílmicos abordados de forma graciosa e autoral para um produção especialmente comercial; a caracterização de personagens (figurinos) que deram o brilho as cenas. Sem falar, é claro, na predisposição de rememorar a infância com um olhar bem mais adulto.

Essa está sendo uma tendência do cinema mundial. Branca de Neve e A Bela Adormecida já ganharam suas versões adultas da estória. Em produção estão os inéditos Peter Pan e Cinderela. Todos no olhar Hollywoodiano. Parabéns a equipe de A Bela e Fera, que fez deste filme um momento de sintonia com o que a de mais belo na relação literatura e cinema: uma boa adaptação.

Espero que este comentário possa ter aberto seu olhar para esse novo momento que o cinema de conto de fadas ganhou. Dê um adeus para Disney e seus musicais animados. Acho que podemos esperar um novo respiro para os grandes clássicos dos séculos XVIII e XIX.


Até a próxima!